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Quilombo Lucas da Feira 

 

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PT

Quilombo Lucas da Feira é uma ocupação urbana, uma comunidade sem-teto de maioria negra que existe há quase 6 anos, formada a partir da ocupação da área da antiga fábrica abandonada da Alimba, localizada às margens da BR-116 Norte e nas proximidades da UEFS. Atualmente é formada por cerca de 60 famílias, que moram e resistem no Quilombo Lucas da Feira sobrevivendo apartadas sociorracialmente, sofrendo com a negligência do Estado e tendo negados os direitos sociais mais básicos, habitando em moradias precárias, sem saneamento básico e enfrentando todos os tipos de problemas sociais.

Somos uma comunidade organizada de forma independente, sendo a Escola Comunitária Joquielson Batista, fundada há cerca de 2 anos, o espaço de auto-organização, formação e educação da comunidade, que carrega o nome de um dos fundadores da nossa ocupação, nosso irmão Joqui, assassinado em 2014. Além de organizar a luta por moradia e direitos, a Escola Comunitária promove alfabetização de jovens e adultos, atividades com as crianças, programas de alimentação e vestuário, mutirões comunitários e atividades diversas.

Nossa resistência tem nos garantido algumas conquistas como o direito ao atendimento de saúde nas Unidades de Saúde da Família próximas da nossa comunidade, que antes nos era negado, temos avançado com atos de rua e pressão sobre as instâncias públicas (Prefeitura, Governo Estadual e Universidade) para que nosso direito à moradia digna e demais direitos sociais sejam garantidos, a partir da desapropriação, urbanização da área e acompanhamento social das famílias, avançamos de forma autônoma e mesmo com muitas dificuldades e com poucos recursos no trabalho educacional para erradicar o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional, assim como em formação política e capacitação profissional, e a partir dos nossos Mutirões Comunitários e das doações através da nossa Campanha de Solidariedade mantemos um programa comunitário de alimentação e vestuário com distribuição regular de alimentos, roupas e outras necessidades. Ainda assim, continuamos enfrentando problemas diversos como o desemprego, baixa escolaridade, falta de formação profissional, violência urbana, saúde e alimentação precárias, falta de saneamento, entre outros problemas, parte do processo de genocídio do povo negro e do racismo estrutural no Brasil, que são vividos diária e perversamente pelos quase 250 moradores, entre crianças, jovens, adultos e idosos que resistem e sobrevivem no Quilombo Lucas da Feira.

EN

The Quilombo Lucas da Feira is an urban settlement, a community of homeless black majority that has existed for almost six years, formed from the occupation of the area of the old abandoned factory Alimba, located along the BR-116 North and nearby UEFS. Currently it is formed by about 60 families, who live and resist in Quilombo Lucas da Feira, surviving socio-racially separated, suffering from the neglect of the State and having denied the most basic social rights, living in precarious housing, without basic sanitation and facing all types. of social problems.

We are an independently organized community, with the Joquielson Batista Community School, founded about 2 years ago, the community’s space for self-organization, training and education, which bears the name of one of the founders of our occupation, our brother Joqui, murdered in 2014. In addition to organizing the struggle for housing and rights , the Community School promotes literacy for young people and adults, activities with children, food and clothing programs, community work and various activities and from our community work and donations through our Solidarity Campaign we maintain a community food and clothing program with regular distribution of food, clothing and other needs. Still, we continue to face diverse problems such as unemployment, low education, lack of professional training, urban violence, poor health and food, lack of sanitation, among other problems, part of the process of genocide of black people and structural racism in Brazil, which are lived daily and perversely by almost 250 residents, including children, youth, adults and the elderly who resist and survive in Quilombo Lucas da Feira.

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